11 de agosto de 2009

Onde tudo Começou!

Quando tomei a decisão de criar um blog sobre gastronomia, foi para expressar um pouco o quanto gosto de comer e cozinhar, mas a gastronomia para mim é muito mais do que esses dois elementos, é um respeito principalmente a cultura e tradição do ato de fazer e comer.

Durante toda minha infância e adolescência sempre escutei uma célebre frase familiar “nunca diga que não gosta de alguma coisa sem antes experimentar” isto fez com que eu sempre experimentasse de tudo, há claro isso também rendeu alguns apelidos que tive que encarar “limpa trilho” “incinerador” “come tudo” “raspa tacho”, mas nada que eu não conseguisse superar sem grandes traumas hehehehe!!!! Ah, claro continuo ainda experimentando de tudo, na verdade continuo o mesmo!

Mas meu interesse na cozinha não é nada fácil de datar, pois tenho no meu imaginário que nasci em uma cozinha, claro mera metáfora (ou será que não?), bem não importa, o que estou querendo dizer é que tive uma escola familiar desde minha avó Daisy e minha mãe Maria do Carmo, depois passando pelo meu avô Alfredo, nossa não poderia ter tido melhores professores.

Sempre desde muito cedo eu e meu irmão Alexandre fomos incentivados a saber cozinhar, mas eu mais que meu irmão sempre quis ajudar nos afazeres gastronômicos, sempre fui o intrometido que queria cortar, picar, colocar o sal na comida, e claro quando a comida requeria ter farofa há ai eu me tomava de um espírito guerreiro e fazia a melhor farofa que qualquer um poderia vir a fazer, minha mãe e minha avó entoavam o coro hoje tem farofa Nardo tu que vais fazer, nossa para mim era uma tarefa muito saborosa e um grande desafio. Quem esta lendo este texto deve pensar: nossa fazer farofa é muito fácil, que tolo!, mas a minha farofa não poderia ser qualquer farofa tinha que ter identidade, um sabor forte, então deveria ter cebolas muito bem picadas, uma pimentinha malagueta picadinha que quase desaparecesse, uma boa quantidade de manteiga e claro um fio de azeito para não queimar, refogar tudo, colocar a farinha, uma pitada de sal, dourar a farinha até ficar douradinha e então estava pronta a mais saborosa das farofas que toda a família poderia apreciar. Todo este processo era mágico eu me sentia um verdadeiro mago, um chefe de cozinha, e quando chegava a farofa na mesa e que todos diziam: “a comida não seria a mesma se não tivéssemos a farofa do Nardo hum uma delícia!” Para uma criança era uma coisa fantástica todos saboreando uma mísera farofa, um acompanhamento discreto, perante toda aquela comida que minha mãe e minha avó haviam preparado para toda a família, mas isso fez com que hoje eu saiba cozinhar e saborear pratos do mais alto padrão gastronômico como também o mais simples acompanhamento.

Minha intenção nesse blog é apresentar receitas, dicas desde restaurantes até as carrocinhas de comidas populares, contar histórias de família com relação à comida e tudo que envolva essa alquimia que é a cozinha e a comida.

É um blog feito por um cara que ama cozinhar e principalmente comer, então entre nessa viagem de sabor, pesquisa, curiosidades, receitas e muito mais!

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