Como gremista e um grande admirador de churrasco me sinto parte da república cisplatina, ou seja, um pouco uruguaio. Então porque não prestar uma homenagem a um amigo brasuguaio? Mais um amigo se foi, depois da Angélica uma querida amiga que fizemos aqui em Lisboa, agora chegou a vez do nosso amigo Walter retornar ao Brasil. Na última terça-feira dia 27 de Outubro os anfitriões do jantar de despedida do Walter foram o Maurício e a Andressa, que nos proporcionaram uma gastronomia intensa e saborosa.
Nossa aventura gastronômica tem início com uma sardinha feita na panela de pressão, incrível o sabor que estas sardinhas ficaram. As sardinhas são feitas em panela de pressão com cebola bem picadinha, tomate, alho, um copo de azeite, um copo de vinagre e um copo de vinho. Uma delícia para ser saboreada com um bom vinho tinto e os famosos pães portugueses. Não satisfeitos o casal proporcionou uma bela polenta recheada com queijo e um molho combinado de carnes: vaca, porco e chouriço. Mas não pensem que polenta é um prato fácil de ser feito, pois requer um tempo de 40 minutos para que ela fique perfeita, assim com ficou, e um desprendimento físico incrível.
A polenta ficou um creme, macia e saborosa, com o molho combinando perfeitamente com ela. Posso dizer que foi uma noite internacional (não sei porque, mas não gosto desta palavra, mas tudo bem), pois a despedida era para o Walter que é uruguaio, a comida tinha entrada de sardinhas - nada mais português - e o prato principal era polenta – para brasileiros e sulistas nada mais italiano. E para completar o cardápio havia uma deliciosa torta (tarte para os portugueses) de nozes, uma coisa de louco, maravilhosa!
Foi realmente uma noite ótima! Pena que o Walter já regressou ao Brasil, e deve estar rumo à Pelotas, sua nova morada (claro que durante toda a noite não foram esquecidas as piadinhas sobre Pelotas). O Walter não vai escapar de ser nosso guia gastronômico no Uruguai, pois irei cobrar sem dó uma parrilla com tudo que se tem direito. Vamos sentir muito a falta do Walter, pois ele é um grande amigo que fizemos aqui em Lisboa. Um grande parceiro para passeios, para comer e bater papo, uma pessoa muito especial! Bem posso fechar este post dizendo que a comida foi ótima, as companhias melhores ainda e o que fica são as amizades consolidadas.
Amanhã a descrição da nossa maior orgia gastronômica em Portugal (e olha que a semana foi intensa)! Um abraço a todos!
Hoje vou escrever sobre a maior festa portuguesa com certeza, que é na passagem de 12 para 13 de junho. Nossa, quanto tempo ele demorou em escrever esse post! Demorei somente alguns meses, mas a grande questão é absorver tudo que vi e principalmente experimentei da gastronomia. Isto tudo para conseguir transmitir o que representa o dia de Santo Antônio e as Sardinhas assadas na brasa.
Tudo tem início ainda no mês de Maio, pois a cidade de Lisboa tem uma grande programação de vai de Maio à Setembro, com o grande dia 12 de junho coroando as festividades. A programação tem Cinema, Teatro, Música, Gastronomia, muitas atividades ao ar livre e praticamente todas gratuitas, ou seja, um banho cultural proporcionado para os lisboetas e seus visitantes.
As festas se espalham por todos os bairros de Lisboa, mas a maior festa está localizada em Alfama (curiosamente onde moro, nada é por acaso, isso que dá estudar antes de se mudar hehehe). No final de Maio os moradores da Alfama começam a decorar todo o bairro, com luzes e umas fitas que transpassam entre as casas e os prédios, formando um imenso corredor colorido e iluminado.
Nas ruas da Alfama são instaladas em cada canto uma barraquinha que vende Imperial (o chope português) e outras barraquinhas de comida. Nos largos são instalados restaurantes que vendem de tudo, entremeadas de porco, pão com prego, bifanas, chouriço, mas principalmente a sardinha assada na brasa.
No dia 12 de Junho ocorre o desfile das Marchas Populares. Estas são grupos de até 50 pessoas que representam o seu bairro e desfilam vestidos com roupas que os identificam com o bairro de origem e dançam uma música específica de cada bairro e outra comum a todos. As Marchas Populares acontecem na Avenida Liberdade (uma das mais importantes de Lisboa), onde cada bairro desfila numa espécie de carnaval. Este desfile tem um júri que escolhe o vencedor, este ano quem venceu foi a Alfama junto com o Marcha do Castelo. Posso dizer com toda a certeza do mundo que uma das maiores experiência que pude ter em Lisboa foram as festas de Santo Antônio.
No dia 12 de junho a Alfama chegou a receber mais de um milhão de pessoas nas suas ruas, uma loucura, não se conseguia caminhar, pois éramos levados pela multidão que tomou conta das ruas, becos e vielas do bairro.
A festa começa pela manhã do dia 12 e termina por volta das 7h do dia 13 de Junho. As famílias vão para frente de suas casas com churrasqueiras, muitas destas improvisadas para assar as famosas sardinhas, a cidade inteira fica cheirando a sardinha assada, uma loucura total. Certamente depois do Rio Grande do Sul, Lisboa é quem mais consome carvão no mundo. Fica uma névoa de fumaça por todos os lados.
A sardinha é deixada em bacias com salmoura e são assadas com cabeça e tudo dentro. As sardinhas têm por volta de 15 a20 cm. Nossa! É uma delícia, um verdadeiro manjar dos deuses.
Não vou mais me aprofundar, pois quando regressar ao Brasil terei o prazer de descrever a todos essa magnífica experiência.
Gostaria de começar esta postagem explicando porque não tenho escrito tão seguido como antes. Primeiro é que estou correndo como nunca aqui em Lisboa, fazendo pesquisa como sociólogo e minha mais recente faceta profissional que é de divulgador cultural, pois já divulguei o show do Seu Jorge e agora da Gal Costa. Com tudo isso tenho andado com o tempo apertadinho hehehe! Mas como diria o ditado popular “saco vazio não para em pé”. Tenho feito minhas criações gastronômicas mesmo assim. O prato que vou apresentar hoje foi uma criação 100% minha. Como diria o Didi dos Trapalhões: “Ai que meda”! Mas podem confiar ficou uma delícia.
Bem como todo cientista maluco, cheguei na frente da geladeira e pensei o que posso fazer de almoço de domingo (como todo “chinelão” só se come bem no domingo claro). Eu tinha uma caixinha de lombo de pescada, cebolas e um vinho moscatel que havia ganhado no Porto em um restaurante (uma longa história que depois conto). Como posso fazer um prato com esses ingredientes? Simples, deveria pegar os lombos e colocar em uma vasilha com limão, sal e pimenta do reino, e pensei vou deixar uns 15 minutos aqui. Agora deveria aquecer um frigideira com manteiga (hum que cheirinho bom de manteiga) e grelhar os lombos. Nossa, estava meio caminho percorrido nessa longa estrada gastronômica (mas que brega, dava uma música sertaneja). Grelhei os lombos, mas e agora deu o desespero, com que molho iria servir o peixe. Cortei uma cebola grande muito bem picadinha, coloquei na frigideira que havia grelhado o peixe e comecei a dourar as cebolas, adicionei o marinado do peixe e para finalizar um cálice de vinho moscatel. Deixei reduzir até a cebola virar um purê encorpado, equilibrei o sal e pronto, era só colocar por cima do peixe.
Mas o mais difícil seria o acompanhamento! Cheguei na dispensa aqui de casa e olhei uma lata de cogumelos e um vidro de grão. Peguei uma saladeira e coloquei o cogumelo, depois lavei o grão de bico em água corrente para tirar o gosto destes grãos em vidro. Juntei o grão ao cogumelo, acrescentei azeite, vinagre, sal e pimenta do reino. Prontinho, nossa que difícil!!
Na última quarta-feira recebi uma convocatória para cozinhar na despedida de uma grande amiga que fizemos aqui em Lisboa a Angélica. O jantar iria se realizar na casa de um outro amigão nosso o Walter que mora aqui em Portugal em Amadora Este, uma cidadezinha vizinha a Lisboa. O jantar seria para umas dez pessoas, logo fiquei imaginando qual seria o melhor cardápio, o mais saboroso e simples possível.
Como o grupo que iria se reunir para a despedida da Angélica era muito bom de garfo, resolvia apresentar um jantar com uma pequena entrada e um prato principal. De entrada servi cogumelos recheados com camenbert e camarão, e de prato principal servi um macarrão com molho de camarão.
Assim conseguiria fazer uma harmonia de sabores relacionando-os entre si, na entrada e no prato principal. Posso dizer que foi um grande sucesso o jantar. O melhor dos jantares é poder compartilhar com pessoas legais o espírito que a cozinha proporciona. Estar em torno do fogão contando histórias, trocando informações de viagem, de novas culturas, isso é muito bom e enriquecedor. Mas onde estava a Angélica e o Geraldo no momento da foto? Estavam perdidos em Amadora Este...hehehe.
As despedidas são sempre triste, pois são pessoas que gostamos, que criamos vínculos, que estão partindo. E em especial a Angélica que foi uma das pessoas que me incentivou a criar o blog, por isso hoje escrevo em homenagem a esta amiga. Mas o jantar não foi nada triste viu, foi muito alto astral, com pessoas muito alegres.
Bem mas voltando à receita... na tarefa de realizar o jantar fui ousado, pois existem alguns pratos que corremos riscos em fazer para um grande número de pessoas. O macarrão é um deles, pois ele tem seus segredo para que não fique passado, eu particularmente detesto macarrão passado, para mim tem que ser servido mais que “ao dente”. Mas felizmente teu tudo certo no jantar.
O Molho... para termos um molho a altura de um macarrão os ingredientes tem que ser de qualidade, por isso busquei trabalhar com tomates pelados italianos e camarão fresquinho.
E para nossa entrada utilizei o melhor creme de camenbert que o mercado pode oferecer e claro um camarão grande, graúdo o chamado VG (Verdadeiramente Grande).
Então chega de rodeios e vamos à receita.
Entrada:
Cogumelos Paris graúdos
Camarão grande
Creme de camembert
Azeite
Sal
Pimenta do reino
Limão
Lavar os cogumelos e retirar o miolo. Lavar os camarões adicionar um suco de limão, sal e pimenta do reino e deixar marinar por 10 minutos no máximo. Depois colocar o creme de camenbert dentro dos cogumelos e adicionar o camarão por cima dos cogumelos. Para finalizar colocar mais um pouquinho de creme de camenbert por cima dos camarões e regue com um fio de azeite. Leve ao forno por cerca de 15 minutos.
Prato principal
Macarrão de sua preferência
3 Latas de tomate pelado italiano
500g Camarão
1 dente alho
1 cebola média
Sal a gosto
Suco de 1 Limão
Pimenta do reino a gosto
Água fervente
Preparo do Molho
Lavar bem o camarão, depois preparar um marinado com limão, sal, pimenta do reino e deixar por no máximo 10 minutos neste preparo. Depois faça um refogado com a cebola e o alho, após coloque as latas de tomate pelado e deixe aprimorar o molho, vá regando com água fervente para que não seque. Quando o molho já estiver pronto adicione os camarões e deixe aproximadamente 15 minutos para que possam cozinhar e está pronto.
O Marido Sanduíche adverte: Esta postagem é para quem tem estômago e paladar!
Algumas coisas na vida podem parecer estranhas ou até mesmo repugnantes, mas como nunca digo não a novidades, no último verão experimentei um dos petiscos mais apreciados pelos portugueses: os caracóis. Vocês devem estar imaginando o que são caracóis, se alguém lembrou de caramujos que você via no jardim de sua avó, pode ter certeza que é esses mesmo. Muitos chamam de lesmas, mas prefiro chamar de caracóis como aqui é denominado este petisco. No começo do verão pode-se notar em praticamente todos os restaurantes, tascas e pastelarias placas com um desenho de um caracol com o seguinte disser: “Há caracóis”.
Começamos a achar estranho, ficar curiosos, o que seriam aquelas placas? Resolvemos perguntar a um português o que seria os caracóis. Houve toda uma explicação gastronômica referente a este bichinho estranho. Mas nunca caia na asneira de perguntar a um lisboeta se ele gosta de caracóis, pois ele se ofenderá e responderá incisivamente que gosta sim e muito! Você corre o risco de ouvir um sermão de um lisboeta pela pergunta proferida.
Bom, certo dia eu e Marina combinamos com duas amigas de irmos experimentar os caracóis. Era uma idéia fixa, praticamente uma obsessão comer os caracóis, pois não poderíamos nos sentir verdadeiros lisboetas se não tivéssemos experimentado esta iguaria portuguesa. Chegamos a um restaurante sentamos, nos olhamos, tomamos coragem e pedimos um pires de caracóis, para nossa surpresa já havia acabado os caracóis daquele dia, houve um desânimo geral naquele instante. Nos olhamos e dissemos, não podemos desistir agora. Levantamos e rumamos até o próximo restaurante, perguntamos antes de entrar ao garçom que ali estava, se haviam caracóis, ele subitamente disse: claro que sim. Procuramos uma mesa sentamos e pedimos um pires que pode parecer pouco, mas na verdade são servidos cerca de 100 caracóis. Para acompanhar pedimos Imperiais (o chope português). Quando chegou o pires com os caracóis ficamos apreensivos, mas sem refutar puxei a responsabilidade para mim e peguei um caracol, olhei para ele e vi que eles vinham com olhinhos e anteninhas, já suando as mãos de nervoso coloquei na boca e mastiguei, hum, hum, hum, uma delícia, muito saboroso!!!!!
Ainda bem que resolvemos experimentar, pois é uma delícia, e foi consenso de todos na mesa. Agora já estava completa minha estadia em Portugal, me sentia um lisboeta por completo. Uma das coisas que tenho aprendido aqui é que devemos estar abertos culturalmente para novas experiências, eu sei que já havia dito isso, mas reforço, pois considero fundamental esta questão.
Segundo uma fonte que pesquisei na internet são consumidos cerca de 42 mil toneladas de caracóis em Portugal. Para quem tiver paciência e quiser catar caracóis nos jardins e depois executar a receita, recomendo hahahaha! Mas para que vocês possam imaginar melhor o sabor coloco a receita dos caracóis.
Um ótimo final de semana.
Ingredientes:
1,5 kg de caracóis pequenos
2 colheres de sopa de azeite
3 dentes de alho
1 cebola
1 folha de louro
1 ramo de óregão
sal
pimenta
piripiri
Confecção:
Leve os caracóis ao lume numa panela de água (dois ou três dedos acima dos caracóis).
Junte o azeite, os alhos, a cebola cortada em quartos, o louro, os orégãos e tempere com sal, pimenta e piripiri.
A fervura deve ser suave e longa (cerca de 2 horas) e a espuma retirada de vez em quando.
Conserve-os no líquido da cozedura até a altura de servir.
Sirva quente em pratinhos com um pouco de caldo.
Não quero parafrasear o Nei Lisboa com sua célebre música “Os telhados de Paris”, mas bem que daria uma ótima musica “As vitrines de Portugal”. Quando pensamos em uma vitrine, logo imaginamos que esta nela estará exposta algum tipo de bem durável ou peças de vestuário, mas em Portugal não é bem assim. Podemos estar caminhando pelas ruas ou vielas de alguma cidade portuguesa e nos depararmos com uma vitrine de algum restaurante ou Pastelaria (Lanchonete ai no Brasil) e ver produtos expostos. Normalmente os restaurantes possuem em sua fachada uma vitrine refrigerada onde os produtos como bacalhau, outros peixes, camarão, lagosta, enguias, carnes de vaca, de porco, coelho, ficam tudo a amostra dos seus clientes. É muito comum estar em um restaurante e o garçom retirar o produto da vitrine e levar diretamente a cozinha para ser preparada. Isto é uma prática muito habitual na vida cotidiana portuguesa.
Uma outra prática são as comidas prontas que ficam expostas nas vitrines das pastelarias como os sanduíches dos mais diversos recheios, as bolas de Berlim, peixes fritos, pasteis de bacalhau, bifes a dorê, entre tantas outras opções. O cliente chega e aponta para sua guloseima e prontamente o atendente de balcão pega com suas mãos e passa diretamente ao cliente. Estas práticas podem assustar um pouco os turistas que vêm passear aqui em Portugal.
Eu confesso que no início foi complicado, mas agora sabendo das praticas culturais não me afete mais os hábitos dos restaurantes ou pastelarias. Um pouco do charme gastronômico Português está diretamente ligado à forma que as vitrines estão dispostas atraindo seus fregueses para um universo a ser desvendado de sabores e visual.
As vitrines exóticas e principalmente as comidas proporcionam um sentimento de querer conhecer o desconhecido, experimentar os sabores diferenciados. Para podermos conhecer o exótico temos que ter humildade de aprender, de desvendar a cultura do outro.
Eu procuro sempre aprender, conhecer, e principalmente ter a humildade de reconhecer que a minha cultura somente é um pingo no meio do mundo.Como diz o grande poeta português Fernando Pessoa: “Tudo vale a pena se a alma não é pequena”.
No último dia 20 Setembro tive o privilégio de receber meu irmão Alexandre e minha cunhada Carla, meus dindos Lula e Mirian, e meus amigos Maro e Michele. Sem dó e nem piedade coloquei uma meta para receber eles, a de dar um “fartão” de bacalhau nessa turma. Claro que não tive êxito, pois quem toma fartão de bacalhau? Eu que já estou a quase nove meses em Portugal não tive essa capacidade, nem terei podem acreditar, nunca ficarei farto deste peixinho.
Nossa maratona começa no dia 20 de Setembro, eu, Marina, Xandi, Carla, Maro e Michele rumamos em uma só direção. Levei-os ao “João do Grão” um dos restaurantes mais conhecidos e renomados da cidade de Lisboa. Só que tinha uma tarefa dura a ser realizada, apresentar o bacalhau ao Maro, pois meu grande amigo nunca havia ficado frente a frente com um bacalhau, seria sua “desvirginação” perante este peixe, seu primeiro ato junto ao sagrado bacalhau. Minha primeira meta havia sido atingida com êxito, pois o Maroca gostou do bacalhau. Bem minha segunda meta era deixar meu irmão enlouquecido com todas as variedades de bacalhau que a ementa nos apresentava, confundi-lo, deixa-lo realmente desnorteado, pois conheço seu potencial gastronômico. Olhem meus leitores o que posso falar neste primeiro momento foi que realmente o derrubei com as variedades que o João do Grão nos proporciona. Mas apesar das inúmeras variedades fizemos uma opção pelo bacalhau grelhado na brasa, uma das coisas mais deliciosas que já comi.
O prato era composto por um lombo de bacalhau graúdo que se desfazia em laminas grossas e muito branquinhas, grão de bico e batatas ao murro, muito azeite, muito alho e muitas azeitonas. O bacalhau grelhado fica com uma casquinha crocante, um sabor de churrasco incrível. As batatas ao murro, não são chamadas assim à toa, pois são assadas no forno e depois de prontas são esmurradas para serem servidas, ficam maravilhosas.
Na terça feira dia 22 de setembro meus padrinhos chegaram imaginem o que fizemos? Claro, fomos novamente ao João do Grão, repetimos a dose novamente com o bacalhau grelhado na brasa. Estou muito frustrado com minhas intenções de dar um “fartão” de bacalhau em todos, mas ainda terei mais uma chance será nesta sexta feira dia 9 de outubro. Pois querem saber onde vou almoçar com meu irmão? Mas é obvio no João do Grão!!!!
Um dos vinhos mais elegantes e mais famosos de Portugal é o vinho do Porto. Tivemos a oportunidade de fazer uma visita guiada em um das caves mais conhecidas da cidade do Porto a de Adriano Ramos Pinto. Fundada em 1880 foi o primeiro vinho a ser exportado para fora de Portugal, se estabelecendo no Brasil e depois por toda América do Sul. Eu, Marina, Xandi, Carla, Maro e Michele, fizemos uma visita de aproximadamente 30 minutos com direito a degustação dos principais vinhos produzidos pela Ramos Pinto.
Ali podemos conhecer as diferenças entre os vinhos do Porto e suas especificidades. Os vinhos do Porto variam entre Branco: Dry White este o vinho seco, White este mais doce, mas entre os brancos o mais doce é o Lágrima. O vinhos do Porto tinto divide-se entre duas uvas o Tawny tem idade de aproximadamente 3 anos com cor vermelha e tons alaranjados. Esta variedade de vinho do Porto tem outros tempos de maturação variando de 10 a 30 anos. O mais conhecido dos Brasileiros e mais consumido é o vinho do Porto Rubi que tem 3 anos de maturação em barris, e depois envelhece na garrafa.
Uma das características dos vinhos do Porto tinto é o tempo de envelhecimento, quanto mais envelhecido mais claro ficam suas características, processo inverso ao vinho branco do Porto que escurece ao longo dos anos.
Podemos conhecer também como são plantadas as uvas nos montes que são banhados pelo Rio Douro, que serve de irrigador para as plantações. O processo de plantação e colheita são todos manuais, ou seja, não existe mecanização neste processo.
Esta visita foi paga, pois conhecemos a cave, o museu, e tivemos a degustação, mas quem tiver interesse pode fazer degustações gratuitas em diversas vinícolas que estão situadas na cidade de Gaia, no outro lado do Rio Douro. Recomendo a todos que tiverem a oportunidade de conhecer a cidade do Porto a realizar este passeio.
Para quem quiser explorar mais informações sobre o vinho do Porto da Ramos Pinto podem acessar o site: http://www.ramospinto.pt/
Esta semana tive a oportunidade de conhecer a cidade do Porto em Portugal. O Porto é uma cidade incrível, que mantém uma relação forte com o rio chamado Douro que banha toda a cidade. Estou me sentindo um grande traidor após esta viagem, pois acho que gostei mais do Porto do que da minha Lisboa, mas peço que ninguém espalhe esta confissão. As variedades gastronômicas são imensas por lá, seus azeites, as azeitonas, frutos do mar, seus vinhos do Porto, que são incríveis e terão uma postagem especial, pois tive a oportunidade de fazer uma degustação em um Cave e aprender sobre os mistérios deste vinho tão conhecido e tão saboroso.
Mas hoje quero escrever sobre a Francesinha, uma deliciosa comida tipicamente do Porto.
Saí de Lisboa com a idéia fixa de experimentar esta comida típica do Porto, mas não tinha a menor idéia de como ela era realmente. Eu tinha procurado me informar e principalmente havia tido recomendações de um amigo português nascido na cidade do Porto que eu não poderia ir lá sem comer a Francesinha. Foi uma grata surpresa comer a Francesinha, é realmente uma delicia!
Existe uma grande oferta de Francesinha nos restaurante, praticamente todos que passei pela frente oferecem este prato. Fui obrigado, por conta de melhor poder informar a vocês meus leitores, comer duas vezes este prato, para tirar a prova dos nove. Apresento as duas variações das Francesinhas que experimentei.
Pensem em um grande sanduíche: pão de forma com presunto, queijo, bife, dois tipos de lingüiça (uma forte e outra mais suave) fechada com outra fatia de pão. Por cima de tudo quatro fatias de queijo formando um pacotinho, e para finalizar um ovo frito por cima de tudo. Tudo coberto com um molho muito picante de piri-piri (molho típico português feito com pimenta malagueta). E ainda acompanha batatas fritas.
A outra era parecida, mas melhor da que comi pela primeira vez. Mesmo princípio: pão de forma, presunto, queijo, bife, duas fatias finas de paio picante, e os dois tipos de lingüiças, mas nesta o ovo frito vinha dentro do pacotinho de queijo. Nesta Francesinha o molho era mais suave, mas com pimenta também. Também acompanhava batatas fritas.
Este prato pode parecer uma bomba nuclear (segundo meu amigo e companheiro de viagem Maro). Mas é o contrário, pois os sabores dos ingredientes se harmonizam dando um toque magistral entre si. Uma verdadeira delícia!
Quem tiver a oportunidade de conhecer a cidade do Porto não pode sair de lá sem comer esta maravilha da Francesinha.
Ah, as piadinhas em comer a Francesinha guardem para vocês hehehehe!!!!!