Sanduíche Quente

Algumas comidas surgem do nada, mas essa receita que vou apresentar é uma releitura de um sanduíche quente que minha mãe faz. Mas gosto de experimentar e principalmente tentar inovar, logo fiz um prato rápido e fácil de preparar.

Um dia desses não tinha grandes ingredientes para fazer alguma receita mais elabora para jantar, então pensei que poderia fazer um sanduíche, mas não era isso que queria comer. Sabe quando bate uma vontade de ir para a cozinha fazer alguma coisa diferente? Bem esse era um dos dias, portanto fui para a cozinha peguei pão de sanduíche, queijo, presunto, molho de tomate, azeite, alho, sal.

Vocês podem imaginar qual foi o resultado? Eu digo que não, porque fiz algo diferente. Primeiro peguei o pão de forma e um rolo para abrir massa. Mais uma vez digo que não estou ficando louco, podem ter certeza. Peguei 6 fatias de pão e uma a uma coloquei na bancada e com o rolo de massa passei por cima, ficando os pães muito finos. Depois peguei um de cada vez, coloquei uma fatia de queijo e outra de presunto. Enrolei um a um. E coloquei em um refratário e reservei.

Pequei uma vasilha, coloquei o molho de tomate, o azeite e o alho bem amassado, e uma pitada de sal. Misturei tudo, sem levar ao fogo. Em cima dos rolinhos que havia feito coloquei esse molho, e por cima de tudo coloquei queijo ralado. Levei ao forno pré-aquecido por cerca de 30 minutos.

Só tenho uma coisa a dizer! Ficou muito, muito bom! O sabor fica como se fosse uma panqueca. Fica ótimo comer com uma cerveja bem geladinha ou um refrigerante bem gelado também.

Quem quiser pode experimentar fazer sem o molho, mas garanto que o molho deu todo o toque.

Espero que gostem desta dica, pois é rápida, fácil de fazer e econômica.

Um ótimo final de semana a todos.
Abraços a todos.

Tapa Espanhola – 2º Parte

Dando continuidade ao post anterior, hoje falarei sobre as receitas das Tapas. Como havia dito ontem, as Tapas foram feitas por seis mãos, as minhas do Marido Sanduíche, as da Glenda, e as do Paulinho.

Imaginem a bagunça que foi uma cozinha pequena com três pessoas cozinhando ao mesmo tempo, mas posso garantir aos leitores que foi um sucesso o resultado final. Posso assegurar que nos divertimos muito com toda a função de cozinhar neste clima, pois parecia um restaurante.

Vamos ao que interessa: as Tapas.

Começamos pela Tapa de Gambas ao ajillo, a receita da Glenda.

Ingredientes

500 g de Camarão pré-cozido médio

4 dentes de alho

Azeite

Sal

Pimenta do Reino

Lavar os camarões, retirar as cabeças e deixar a casca, reservar em uma vasilha. Cortar o alho em rodelinhas finas.

Fazer uma marinado com o alho, azeite, sal e pimenta do reino.

Em uma frigideira bem quente colocar o camarão e depois o marinado junto. Dar uma fritada e depois colocar em um prato para servir. Sirva junto o molho que se forma.

Os camarões ficaram incríveis, pois dentro da casca preservaram sua consistência e sabor e combinando com o alho. O molho formado é ótimo para comer junto com um bom pão. Sem dúvidas recomendo!

Nossa outra Tapa era Pollo al alioli que foi feita pelo Paulinho.

Ingredientes

1 peito de frango

Sal

Azeite

Baguete

Molho de alioli

Alho

Maionese

Azeito

Sal

Corte o frango em pequenos filetes bem finos salgue a gosto e depois grelhe em uma frigideira bem quente.

Para o molho corte os alhos e esmague em um pilão com azeite e sal. Após este processo misture a maionese formando um molho aveludado.

Montegem do Prato.

Cortar a baguete em rodela com a faca levemente inclinada e armar em um prato. Colocar os peitos de frango sobre o pão. Por último colocar o molho sobre o pão e o frango.

Bem espero que todos tenham gostado destas dicas, pois as receitas são ótimas para serem saboreadas entre amigos, acompanhadas por um ótimo bate papo e claro uma boa cerveja, ou caña como chamam o chopp na Espanha.

Abraços a todos

Tapa Espanhola – 1ª Parte

Na noite da última sexta-feira (20/11) ocorreu uma noite de Tapas aqui em casa! Podem ficar tranqüilos que não teve briga, muito pelo contrário, teve festa e das boas. Os Sevilhanos Glenda e Paulinho, agora quase lisboetas, passaram o final de semana aqui em casa. Para fazermos uma festa completa tínhamos que pensar na comida é claro, afinal de contas este é um blog de gastronomia e não de tititi. Logo uma breve reunião gastronômica decidiu-se, com ata registrada em cartório, que iríamos realizar uma noite de Tapas.

Existem várias versões sobre as Tapas espanholas. Uma delas, a que defende o Paulinho, é em relação a um Rei Espanhol que mandou que os lugares que tivessem bebidas alcoólicas oferecessem aos seus clientes uma porção de comida, para que estes não ficassem bêbados. Outra versão é referente aos bares que tapavam os copos com um prato para não entrar bicho. Para o prato não ficar vazio eles colocavam uma porção de comida, por isso o nome Tapa. Em ambas as explicações da origem das Tapas estas eram dadas para quem pedisse uma bebida. Esta tradição vem se mantendo na Espanha ao longo do tempo, e as tapas já se tornaram uma comida tipicamente espanhola. Só que no mundo capitalista em que vivemos da pós-modernidade dentro da complexidade paradigmática (sai sociólogo deste corpo que não te pertence... hehehehe), dificilmente encontra-se bares fornecendo Tapas gratuitamente.

Nesta noite resolvemos então fazer um festival de Tapas a seis mãos. Mas como assim seis mãos e as da Marina? Como a Marina estava trabalhando no momento que decidimos fazer as Tapas a única coisa que ela pôde contribuir foi cantar entre “Tapas e Beijos”.

A Glenda fez Tapas de Gambas ao ajillo.

O Paulinho fez Tapas de Pollo al alioli.

Eu, Marido Sanduíche, fiz Cogumelos Rellenos, ou seja, recheados, uma receita já postada neste blog.

As outras duas estarão no blog a partir de amanhã.

Abraços a todos.

Marido Sanduíche de Roupa Nova

Como assim Marido Sanduíche de roupa nova? Vocês devem estar pensando que eu ganhei no Euro Milhões e saí loucamente pelas lojas renovando o guarda roupa! Mas não é nada disso! Dêem uma olhadinha... Já notaram a diferença? É que o blog Marido Sanduíche está de cara nova.

Devido ao grande sucesso que o blog teve nesta sua breve trajetória fez-se necessário uma remodelação para que ficasse visualmente mais agradável e, principalmente, mais fácil para acessar as informações aqui disponíveis.

Não foi uma tarefa fácil já que não sei programar em “html” hehehehehe na verdade nem sabia o que era isso. Para esta tarefa chamei dois grandes amigos, a Glenda que é arquiteta e o Paulinho que é web design e fotógrafo. Queria aproveitar para agradecer estes dois grandes amigos pelo trabalho feito no blog. Como forma de pagamente vou fazer uma propaganda do trabalho do casal nos links ao lado.

Mas como saco vazio não pára em pé, entre uma clicada e outra fizemos uma grande noite de Tapas Espanholas, que será postada no blog amanhã.

Aguardo os comentários sobre a nova cara do blog.

Abraços a todos

Dia 11 de novembro dia de São Martinho: Castanhas e água-pé!

No último dia 11 de novembro foi o dia de São Martinho, que é comemorado com muita castanha e água-pé. São Martinho é conhecido como o Santo dos bons bebedores e do bom tempo fora de época, conhecido como verão de São Martinho. Mas este ano não foi tão bom assim, acho que ele andou esquecendo do tempo. São Martinho é conhecido também pela sua generosidade.

Segundo reza a lenda: "De acordo com a lenda num certo dia frio e chuvoso de Outono, em Amiens, França, o soldado Martinho percorria a cavalo um determinado caminho. Numa das voltas do trajecto dá com um mendigo a pedir. Apiedando-se do homem, Martinho não tendo mais nada que oferecer pega na sua espada e corta em dois o seu manto, estendendo uma das metades ao pobre, para que se protegesse do frio. Quase de imediato, cessou a chuva, começando a brilhar o Sol e ficando um inexplicável clima de Verão. Este acto de solidariedade, bem como a morte de Martinho ocorreram no mês das brumas (Novembro), período anual do vinho novo e das castanhas, ao qual ficou para sempre associado*".

As carrocinhas de castanha estão em toda a cidade por todos os lados, é muito fácil identificar onde elas estão, pois basta seguir a fumaça que vem das churrasqueiras fixadas nos carrinhos dos vendedores. As castanhas têm um aspecto de uma avelã grande. Quando assadas elas se abrem, assim ficam mais fáceis de comer, pois elas têm uma casca dura. Seu sabor como diria meu vô Zé “parece uma batatinha doce”. Na verdade lembra mesmo, mas sua consistência é mais firme que uma batatinha doce. Adorei o sabor das castanhas e elas assadas na brasa fica com gostinho defumado com um sabor adocicado no fundo, contrastando com o sal que se coloca para faze-las

As castanhas são assadas na brasa com sal grosso e fica uma maravilha acompanhadas pelo água-pé. O água-pé é uma bebida que só se bebe no dia de São Martinho, pois é quando é feita a primeira prova do vinho. Uma delícia! Neste dia as filas para comprar as castanhas são constantes, as pessoas aglomeram-se em filas quilométricas para adquirir suas castanhas quentinhas e saborosas.

Castanha, água-pé

Segundo me contaram, a tradição de comer as castanhas e tomar água-pé vem das provas feitas do vinho nas áreas rurais, pois quando se faz a primeira prova do vinho havia a necessidade de comer algo e como é no meio do outono e as castanhas estão em abundância, comiam-se as castanhas para não se ficar bêbado. Posteriormente esta tradição urbanizou-se e todos aderiram às maravilhas que são as castanhas e o água-pé. Confesso que eu a Marina e nosso grande amigo Paulinho comemos muitas castanhas e tomamos um garrafão de 5lts desta bebida, no início parecia não ter muito álcool, mas na verdade tem e muito! Nossa é realmente muito bom!

*Informações obtidas no site do SAPO no dia 13 de novembro de 2009.

Orgia gastronômica portuguesa com certeza!

Algumas coisas são para ficar na história e acredito que a orgia gastronômica que tive na última quinta-feira certamente é uma delas. Tudo começou quando o João, um amigo português, e a Roberta, uma amiga brasileira, nos convidaram para uma exposição no centro cultural Mãe d’Água, antigo aqueduto de Lisboa. Havia uma exposição de cartazes de Jazz e uma bela banda tocando o gênero musical. Claro não poderia faltar o coquetel que estava ótimo, mas a orgia gastronômica estava no seu começo. Marina foi tirar, neste local da exposição, fotografias da Roberta para a divulgação de seu trabalho como fadista. O João é produtor da Roberta, e eles necessitavam urgentemente das fotografias, então fomos para a casa do João passar as fotografias para seu computador. No caminho ele nos convidou para jantar, mas como assim jantar? Não acabamos de comer um coquetel? Ele disse sim, mas foi muito pouco. Chegamos a sua casa por volta da meia noite, foi ai que tudo começou! Neste momento confesso que já estava com fome novamente, pois do coquetel já nem me lembrava mais hehehehe!

Primeiro começamos pela entrada: Torradinhas de pão preto com dois tipos de patê, um de alho que era fantástico e outro de camarão. Depois ainda nas entradas surgem croquetes de carne com molho português uma delícia, uma verdadeira combinação dos deuses. Ainda de entrada tivemos amêijoas, uma espécie de mexilhão muito degustado em Portugal, é uma maravilha comi muito. As amêijoas são feitas em um molho de manteiga e muito alho com coentro.

Mas ainda estamos falando das entradas que tinha salpicão de sapateira, um siri grandão, nossa incrível para comer com pão fresquinho.

Tinha mais ainda reservado para a noite, uma iguaria chamada Percebes um molusco muito feio de aparência, mas delicioso, uma das iguarias mais caras da Península Ibérica. Os percebes tem um sabor intenso de água do mar, uma loucura de bom.

Amêijoas, salpicão de sapateira, percebes

Mas ainda estávamos somente na entrada agora o jantar. Ufa! Tivemos lombinho de porco preto, o mais famoso dos porcos portugueses, com um sabor marcante. De acompanhamento teve batatas ao murro, e salada de rúcula com molho de mel, nozes e papaia, nossa maravilhoso! Eu já estava necessitando de uma ambulância para me levar para casa quando João surge com a sobremesa. Petit Gatoaut de chocolate com duas bolas de sorvete de morango daquela marca famosa...hehehe...sabem qual é, né. Pronto estava completo o jantar, mas todos estávamos quase morrendo de fastio. Nem comentei que horas eram isso, claro, mas falo agora eram 3h30min da manhã. Acho que estou fazendo a digestão até hoje por conta desta orgia gastronômica.