21 de agosto de 2009

Convocatória para Eleição do Maridinho Sanduíche

Meu irmão Alexandre, que é arquiteto, achou que o blog estava precisando de algo mais. Foi então que ele pensou que o blog poderia ter um mascote. Como ele é muito criativo não conseguiu criar somente um mascote, mas sim três. Espero contar com a ajuda de todos os leitores do blog para decidirmos democraticamente, através de eleições livres e diretas, qual será o Maridinho Sanduíche mascote deste blog.


Aí vai a convocatória:


Venho por meio deste, convocar a todos os leitores deste blog a prestar serviço cívico através do voto direto para a eleição do representante maior deste blog, o Maridinho Sanduíche.

As eleições serão realizadas durante o período de 21 de agosto de 2009 a 05 de setembro de 2009, as urnas serão encerradas às 12 horas deste mesmo dia (Horário de Brasília).

Neste regimento eleitoral é permitida a realização de campanha eleitoral, assim como, de boca de urna.


Os candidatos são os seguintes:


Maridinho Sanduíche 1

Maridinho Sanduíche 2

Maridinho Sanduíche 3

Conto com a participação de todos.

Um ótimo final de semana!

20 de agosto de 2009

Crepe francês

Conforme o prometido na última postagem, hoje irei escrever e apresentar a receita do crepe francês.

Estamos acostumados com as comidas de rua no Brasil, como por exemplo, a charmosa coxinha de frango, o croquete, a lingüiça assada com pão, o churrasquinho de gato, um encanto só! Mas cá pra nós, Paris não combina com nossas excêntricas comidas de rua. Claro que Paris tem comida de rua, pois seguem a mesma lógica comercial do que em qualquer outra cidade do mundo, ruas agitadas por turistas frenéticos, pelos moradores fugindo destes turistas, trânsito intenso, efervescência cultural. O que pode gerar através desta equação? Se você respondeu fome, está no caminho certo, mas se sua resposta foi pessoas estressadas, aí você também está certo. Então o que fazer com isto tudo? Obviamente comer!

Fico muitas vezes imaginando a criação das coisas, e o crepe deve ter sido assim: um belo dia um francês estava sentado a beira do rio sena, ao fundo visualizava a famosa Torre Eiffel em um dia lindo de primavera, nossa que cenário. Bem este francês estava provavelmente com fome, pensou porque não fazer alguma coisa que contemplasse o apreciar da vista e ao mesmo tempo saciar a fome. Acredito que deva ter surgido o crepe assim, uma bela comida para apreciar e desfrutas das ruas de Paris. É obvio que vocês querem saber como eu imagino o surgimento do famoso churrasquinho de gato hehehe, não sou tão maldoso ao ponto de fazer uma relação direta entre a criação do crepe e a criação do churrasquinho de gato. Vocês pensam que sou louco? Que nada! Mas louco foi o cara que esta sentado na beira do rio Guaíba e teve a brilhante idéia de criar esta iguaria da culinária brasileira o churrasquinho de gato.

Falando sério agora, o crepe foi uma grata surpresa que encontrei em Paris. Com sua textura macia, adocicada e muito saborosa, esta comida se pode encontrar em qualquer lugar, da barraquinha mais simples ao restaurante mais chique. Os crepes mais conhecidos são os de queijo e os de creme de chocolate com avelãs vulgos nutellas. São feitos em chapas redondas, não muito aquecidas para dourarem por inteiro e são fechados em forma de “V”. A massa possui um leve sabor de baunilha, que pode ser corrigido com sal caso o crepe seja de queijo ou qualquer recheio salgado.

A receita que fiz foi sem baunilha, mas com uma pitada de açúcar.

Receita de crepe.

1 pitada de sal
1 pitada de açúcar

250ml de leite
manteiga
12 colheres (sopa) de farinha de trigo
3 ovos

Bata os ovos com o sal e o açúcar. Junte a farinha, misturando manualmente os ingredientes. Adicione aos poucos, o leite e continue a bater até obter uma massa lisa e homogênea. Deixe a massa descansar por cerca de 30 minutos. Após, bata a massa por mais alguns instantes.

Aqueça uma frigideira, unte a frigideira com manteiga. Despeje uma concha da massa na frigideira, leve ao fogo brando. Quando a parte inferior estiver assada vire o crepe. Recheie o crepe ainda na frigideira e dobre ao meio. E pronto, pode servir seu crepe.

Para o recheio sugiro que façam de queijo, chocolate e usem a imaginação!

Amanhã vou apresentar o mais novo membro do meu blog! Não percam.

Um ótimo fim de tarde!

19 de agosto de 2009

Sabores parisienses!



No mês de Julho passado eu e Marina rumamos para Paris. Nossas expectativas eram imensas em relação a esta cidade. Eu criei uma expectativa toda em relação à comida, os costumes gastronômicos que lá poderia visualizar, provar, sentir, entre tantas outras sensações.

Paris realmente é tudo e muito mais do que falam dela. É como se em cada esquina, cada prédio, nas pessoas e no ar, emanasse uma aura romântica, cultural e gastronômica. Seus bares, cafés e restaurantes são incríveis, com grande parte deles ocupando um espaço nas ruas com mesas decoradas.

Um das coisas mais interessantes que pude observar em Paris foram as variedades de lojas especializadas em produtos alimentares. Cada produto tem uma loja específica para ser comercializado, como: as lojas de queijos, de fiambres, de doces, de frutas, de pães, entre tantas outras que se pode encontrar pelas ruas parisienses.



Estive em uma loja chamada Fauchon (http://www.fauchon.com/fr/fr) especializada em artigos de alta gastronomia. Lá pude ver artigos como caviar sendo vendido por Kg pelo preço de apenas 11.300,00 euros. Mas quem seria louco em comer um quilo de caviar? hehehehehe Além do caviar esta loja também vendia vinhos nacionais dos mais diversos, trufas negras e brancas (e não eram de chocolate), entre tantas e tantas opções de artigos gastronômicos.

Uma das mais famosas comidas de rua são as baguetes. Com os mais diversos recheios, tendo como ingrediente básico o queijo, pode ser complementada com outros recheios como: presunto cru, frango, salmão, salame italiano, e de três queijos (a Marina quase morreu de tanto comer este).

Uma outra comida de rua são os crepes, mas que somente irei revelar seu encanto amanhã, pois já coloquei em prática esta receita. Aguardem amanhã a receita e a explicação dos saborosos crepes franceses.

18 de agosto de 2009

Bacalhau crocante com purê de batata doce


Quando pensamos em Portugal qual a primeira comida que nos vem à cabeça? Se você respondeu bacalhau está no caminho certo. Pois é sem a menor sombra de dúvida a principal fonte de alimentação dos portugueses, que marca muito sua cultura seus hábitos alimentares.

Todo dia é dia de bacalhau em Portugal, e isso não um trocadilho, mas sim uma realidade muito saborosa. Os restaurantes portugueses seguem uma rotina para apresentar suas deliciosas receitas do bacalhau, por exemplo, segunda é dia de bacalhau a braz, terça o bacalhau com natas, na quarta bacalhau espiritual, na quinta bacalhau com espinafre e na sexta bacalhau na brasa. Isto não quer dizer, que nas ementas não sejam apresentadas outras opções de bacalhau, muito pelo contrário, pois as ementas apresentam uma vasta variedade de opções com bacalhau. Todos os estabelecimentos comerciais do ramo de restauração têm em suas ementas bacalhau, do mais requintado restaurante ao mais “pé sujo”, você pode apreciar uma ótima receita de bacalhau.

Bem então hoje venho apresentar uma das minhas invenções com o bacalhau, pois é muito fácil poder desenvolver receitas com o bacalhau em Portugal pelo preço que se paga. Fiz uma receita com bacalhau empanado no forno e purê de batata doce. Eu que adoro contrastes adorei a receita, pois o sabor forte e acentuado do bacalhau contrasta com a leveza do purê de batata doce. Experimente, ficou uma delícia, um sabor leve, mas ao mesmo tempo marcante. Eu recomendo.

Todos tenham um grande dia!


Receita.


Bacalhau

1 kg de bacalhau.

Farinha de rosca.


Refogado

2 cebolas.

1 dente de alho

Sal

Azeite de oliva


Purê de Batata doce

2 Batatas doces.

Leite

Sal.

Pimenta.

Azeite de oliva.


Bacalhau.

Desalgue o bacalhau por 24 horas trocando a água a cada 4h. Aqui em Portugal eles retiram totalmente o sal do bacalhau, fazem este processo por aproximadamente 48h e utilizam o leite para o desalgue. Este processo vai fazer com que você tenha que corrigir o sal de sua receita.

Após este processo você deve passar o bacalhau na farinha de rosca até ficar uma camada bem espessa de farinha. Disponha em uma forma e leve ao forno pré-aquecido em uma temperatura média de 200 graus. Quando a farinha ficar dourada é o ponto de retirar do forno e servir.


Purê de batata doce.

Descasque as batatas e leve a cozer em uma panela com água, até que as batatas fiquem macias para poder amassar.

Retire a água e amasse as batatas. Coloque em uma panela, um fio de azeite e em seguida as batatas já amassadas, acrescente um pouco de leite e regule o sal. Bata até ficar uma mistura leve. Acrescente pimenta do reino moída a gosto no final deste processo.


Cebolas refogadas.

Refogue as cebolas junto com o alho e o azeite de oliva, quando as cebolas estiverem com uma cor dourada está pronto. Regule o sal a gosto.

17 de agosto de 2009

SOMENTE UMA CONFISSÃO...

Hoje serei obrigado a fazer uma revelação muito forte a todos, não sei como vocês reagirão sobre esta minha revelação, mas espero que me compreendam e possam me ajudar. Foi uma descoberta que tive aqui em Portugal que certamente mudará o meu destino como pessoa.

Quando chegamos em Portugal eu tinha certeza que minha vida mudaria por completo em todos os aspectos, mas não tinha a mínima idéia do que estava para acontecer ou se revelar.

Os dias por aqui foram passando da forma mais perfeita possível, mas eu sentia um incomodo, não sabia o que era, nem desconfiava. A Marina começou a se preocupar, pois eu estava delirando quando dormia, suava, tremia. Segundo relatos dela, foi quando eu comecei de formas súbitas a ter pesadelos, cheguei a um ponto de não querer dormir mais, com medo de fechar os olhos e não acordar mais.

Marina muito preocupada comigo, começou a perguntar o que estava se passando, pois não era somente a noite que eu estava passando por problemas, mas agora eu estava tendo todos os sintomas durante o dia. Foi quando fui obrigado a revelar para ela, praticamente chorando, que realmente estava com um grande problema em minha vida! Agora revelo para todos publicamente, ainda que com grande receio de ser rechaçado, apontado na rua quando voltar, discriminado, mas certamente buscarei um tratamento para a minha cura. Mas sem mais rodeios, revelo meu grande problema que vim a descobrir em Portugal. Lembro-me que quando fiz a confissão para Marina fui a sacada de nosso apartamento e gritei: Meu nome é Leonardo Bento e sou um viciado em churrasco!!!!!!!

Comecei a mudar minha vida neste momento. Descobri que sou um viciado, ou melhor, um doente em potencial, quando a Marina saía para fazer suas pesquisas e eu prontamente entrava na internet, com temor de ser pego, olhava para todos os lados e finalmente entrava em sites de churrascarias. Eu ficava olhando as picanhas, costelas, paletas de ovelha, vazio, nossa isso fazia que eu me aliviasse, pudesse sonhar, chegava a sentir o cheiro das carnes passando na minha frente.

Mas eu e Marina chegamos a um ponto que não tinha mais como esconder da família e contamos a todos o que eu estava passando por aqui. Prontamente houve uma comoção de todos, meu Dindo disse que me esperaria com uma churrascada em minha volta, minha sogra e minha tia Lela, que sofrem do mesmo vício que eu, estão organizando uma rave de 48 horas com a churrasqueira ligada, somente trocando os espetos magistralmente dentro da churrasqueira, alimentando o fogo para deter o vício que toma a mim e a todos que me cercam.

Mas ontem descobri que posso começar meu tratamento aqui em Lisboa mesmo. Estava caminhando pelas ruas da Alfama onde moro, eis que vejo uma grande quantidade de fumaça branca. Brinco com a Marina dizendo: olha um incêndio! Na medida em que nos aproximamos desta fumaça eu paro, respiro profundamente uma, duas, três, quatro vezes e falo para Marina: descobri um tratamento para controlar o vício aqui em Lisboa! É a aromaterapia com fumaça de churrasco! Incrível alguém fazendo churrasco pertinho de mim, não acredito, os deuses estão conspirando a meu favor, as conjunturas astrológicas, tudo no universo caminha para minha recuperação.

Bem, depois de colocar a cara a tapa com essas confissões, venho a público fazer um pedido, que no meu regresso ninguém me convide para comer massa! Só me convidem para uma churrascada com tudo que tenho direito e muito mais, assim todos estarão contribuindo com minha recuperação.

Obrigado!

Que todos tenham uma ótima semana!

Amanhã mais uma receita para todos!

14 de agosto de 2009

Risoto de cogumelos e aspargos


Lá vem ele novamente apresentando uma receita de cogumelo, mas que falta de criatividade! Que nada, é que os cogumelos em Portugal são realmente muito baratos e como tenho predileção por coisas baratas e boas, então lá vai mais uma historinha acompanhada de uma receita.

Existe um supermercado chamado Pingo doce aqui em Lisboa, todo o mês eles disponibilizam um encarte de algum tipo de receita. Claro que estou fazendo uma coleção de receitas, inclusive acho que terei que levar uma mala só de receitas para o Brasil em meu regresso. Estou tentando aos poucos, com certo sacrifício dar conta de realizar todas as receitas que recolho no supermercado, mas não é uma tarefa lá muito fácil, hehehe. Mas a receita que vou apresentar é uma variação desta receita do Pingo doce, quando a realizei tentei manter a essência, mas baratear o custo. Somente peguei a idéia da receita do Pingo doce, então não posso ser acusado de plágio de receita, faço a citação corretamente da origem da idéia, nossa isso realmente é vício de escrita cientifica hehehe.

Existem diversos tipos de cogumelos a disposição aqui, o cogumelo Paris, cogumelo Pleutotos e os cogumelos Portubello. Utilizarei o cogumelo Paris nesta receita, pois é o mais barato e mais comum.

Para que um risoto fique realmente bom deve-se comprar um arroz de boa qualidade, eu utilizo um arroz chamado carnaroli que tem uma grande quantidade de amido, fundamental para fazer um bom risoto. Um outro elemento fundamental para o risoto é o vinho, que só para variar, é muito barato também aqui em Portugal. Normalmente se utiliza vinho branco em risotos, mas eu adoro fazer novas experimentações e utilizei o vinho do Porto que deu um toque adocicado a esta receita. Fundamental é a verificação do sal neste caso, pois o vinho do Porto é doce.

E para finalizar o prato se utiliza aspargos que dá um sabor todo especial ao risoto.

Receita:

1 lata de aspargos

1 cebola pequena

1 dente de alho

1 litro de caldo de legumes fervendo. (normalmente utilizo uma cebola e um dente de alho para fazer o caldo)

200g de cogumelo Paris (que é o cogumelo mais comum, mas você pode utilizar uma variedade maior de cogumelos, certamente irá ficar delicioso)

1 xícara de arroz para risoto (esta é uma medida para duas pessoas)

1 cálice de vinho de sua preferência (eu utilizo vinho do porto, pois dá um ar adocicado para o prato)

20g de manteiga

40g de queijo parmesão

Sal a gosto.

Modo do preparo.

Refogue a cebola o alho e os cogumelos, acrescente o arroz. Frite tudo por cerca de 5 minutos. Adicione o cálice de vinho de sua preferência e mexa sem parar, vá colocando aos poucos o caldo de legumes, mas não esqueça de sempre mexer o risoto, pois este processo faz com que o arroz libere amido, que dará a consistência cremosa ao seu risoto. Após cerca de 20 minutos de cozedura, desligue o fogo, adicione os aspargos picados a manteiga e o queijo parmesão. Deixe descansar por aproximadamente 5 minutos e sirva.

13 de agosto de 2009

Explorando os cogumelos


Uma das formas de conhecer novas receitas é fazendo experimentações, através do método do acerto ou erro, mas isto pode se tornar uma coisa cara. Então devemos aproveitar ingredientes que estejam na época, ou seja, baratos.
Tive de aprender a me virar aqui em Lisboa, pois a diferença cultural e gastronômica em relação ao Rio Grande do Sul é muito grande. No RS temos uma dieta à base de carne vermelha e aqui em Lisboa a dieta é principalmente de peixe. Mas nem só de peixe ou bacalhau é feita a dieta lisboeta.
Existem ingredientes que sabendo comprar na época certa são muito baratos, como, por exemplo, os cogumelos brancos.
A partir do conceito barato, busquei fazer um teste com os cogumelos brancos, criei uma entrada com somente três ingredientes. Cogumelos, bacon e queijo.
Recomendo que seja servido este prato como entrada, pois é um prato requintado de sabor intenso, pode ser apreciada com um bom vinho tinto.

Receita.

1 caixa de cogumelos brancos. (de preferência grandes)
200g de bacon em cubinhos.
1 pote de creme de camenbert (pode ser utilizado qualquer queijo do gêmero, com sabor marcante, neste caso utilizei um creme de uma marca francesa muito conhecida, não tenho subsídio para fazer marketing no blog, logo não revelo o nome heheheh, mas muito provavelmente algum “Presidente” deve comprar este queijo para se deliciar.
Azeite de oliva extra virgem. (Prometo que faço uma postagem falando dos mais diversos tipos de azeite que se encontra em Portugal).

Modo do Preparo.
Primeiro lavei os cogumelos em água corrente. Depois retirei os cabinhos do centro do cogumelo, piquei e reservei. Em uma frigideira fritei ligeiramente o bacon e reservei. Na mesma frigideira fritei os cabinhos dos cogumelos acrescentando um pouquinho de água para formar um molho. (acredito que se trocar a água por um cálice de vinho branco vai ficar melhor ainda), reserve esse molho.

Montagem.
Armei os cogumelos em uma assadeira, coloquei o Bacon dentro dos cogumelos, e cobri com o creme de camenbert que não revelo a marca, pois lobby aqui não hehehehe, mas se o “Presidente” sabe há!!, não sei o que faz comigo, pois é o queijo preferido dele. Reguei com um fio de azeite por cima dos cogumelos. Lembram do molinho que fiz com os cabinhos do cogumelo, coloquei entre os cogumelos na assadeira. Levei ao forno em temperatura média por cerca de 15 minutos.
Pronto uma receita fácil, barata, e que pode ser a entrada de um grande jantar.

12 de agosto de 2009

O que você veio fazer aqui?

Todos devem estar se perguntando por que do nome do blog Marido Sanduíche. Bem é uma história bem interessante.

Minha mulher Marina e principal degustadora das comidas que faço, claro não poderia deixar de citar isto, é doutoranda em Antropologia na UFRGS. Quando ela foi aprovada no doutorado, logo começamos a fazer planos juntos para que ela pudesse realizar um estágio de doutoramento no exterior. Sua proposta de estudo foi aprovada pelos órgãos competentes para a aquisição de uma bolsa no exterior. Nossa, ficamos muito felizes com a possibilidade de estarmos em contato com uma multiplicidade de novas experiências em nossas vidas. Nossa decisão foi vir para Portugal, pois o que a Marina estuda no Brasil é o samba e em Portugal ela estudaria o fado.

Chegamos a Lisboa em janeiro de 2009, logo ficamos apaixonados por essa cidade, que é banhada por um rio lindo azul chamado Tejo e uma luz incrível que ilumina os dias aqui. Quase enlouqueci com os restaurantes, as comidas, sabores, os azeites e claro o bacalhau etc, etc, etc, etc, hehehehehehe.

Quando começamos a conhecer pessoas aqui elas sempre perguntavam a Marina o que ela tinha vindo fazer em Lisboa e ela dizia “doutorado sanduíche”, nome pelo qual é conhecido o estágio de doutoramento no exterior. Todos prontamente me perguntavam o que eu tinha vindo fazer aqui. Como se o marido não pudesse acompanhar a sua mulher hehehehehe.

Certo dia eu e a Marina estávamos em um almoço na casa de uma amiga e havia um grupo de pessoas que estão fazendo doutorado sanduíche e pós-doutorado aqui em Lisboa. Não conhecíamos todos que estavam no almoço e começamos a nos apresentar até que uma pessoa do grupo realizou a célebre frase: Marina, você está fazendo o que aqui? A Marina respondeu: doutorado sanduíche. E você Leonardo, também está fazendo doutorado sanduíche? E eu respondi: Não, vim como marido sanduíche! Um grande silêncio pairou sobre a sala e todos me olham com uma cara estranha. Mas essa pessoa que me fez a pergunta diz o seguinte: Você é meu ídolo! Queria ser você!

Foi a partir deste momento em que surge esta denominação.

Quem sabe não vai surgir um grande chefe de cozinha chamado Marido Sanduíche???? Bem temos que aguardar o desenrolar da vida.




11 de agosto de 2009

Onde tudo Começou!

Quando tomei a decisão de criar um blog sobre gastronomia, foi para expressar um pouco o quanto gosto de comer e cozinhar, mas a gastronomia para mim é muito mais do que esses dois elementos, é um respeito principalmente a cultura e tradição do ato de fazer e comer.

Durante toda minha infância e adolescência sempre escutei uma célebre frase familiar “nunca diga que não gosta de alguma coisa sem antes experimentar” isto fez com que eu sempre experimentasse de tudo, há claro isso também rendeu alguns apelidos que tive que encarar “limpa trilho” “incinerador” “come tudo” “raspa tacho”, mas nada que eu não conseguisse superar sem grandes traumas hehehehe!!!! Ah, claro continuo ainda experimentando de tudo, na verdade continuo o mesmo!

Mas meu interesse na cozinha não é nada fácil de datar, pois tenho no meu imaginário que nasci em uma cozinha, claro mera metáfora (ou será que não?), bem não importa, o que estou querendo dizer é que tive uma escola familiar desde minha avó Daisy e minha mãe Maria do Carmo, depois passando pelo meu avô Alfredo, nossa não poderia ter tido melhores professores.

Sempre desde muito cedo eu e meu irmão Alexandre fomos incentivados a saber cozinhar, mas eu mais que meu irmão sempre quis ajudar nos afazeres gastronômicos, sempre fui o intrometido que queria cortar, picar, colocar o sal na comida, e claro quando a comida requeria ter farofa há ai eu me tomava de um espírito guerreiro e fazia a melhor farofa que qualquer um poderia vir a fazer, minha mãe e minha avó entoavam o coro hoje tem farofa Nardo tu que vais fazer, nossa para mim era uma tarefa muito saborosa e um grande desafio. Quem esta lendo este texto deve pensar: nossa fazer farofa é muito fácil, que tolo!, mas a minha farofa não poderia ser qualquer farofa tinha que ter identidade, um sabor forte, então deveria ter cebolas muito bem picadas, uma pimentinha malagueta picadinha que quase desaparecesse, uma boa quantidade de manteiga e claro um fio de azeito para não queimar, refogar tudo, colocar a farinha, uma pitada de sal, dourar a farinha até ficar douradinha e então estava pronta a mais saborosa das farofas que toda a família poderia apreciar. Todo este processo era mágico eu me sentia um verdadeiro mago, um chefe de cozinha, e quando chegava a farofa na mesa e que todos diziam: “a comida não seria a mesma se não tivéssemos a farofa do Nardo hum uma delícia!” Para uma criança era uma coisa fantástica todos saboreando uma mísera farofa, um acompanhamento discreto, perante toda aquela comida que minha mãe e minha avó haviam preparado para toda a família, mas isso fez com que hoje eu saiba cozinhar e saborear pratos do mais alto padrão gastronômico como também o mais simples acompanhamento.

Minha intenção nesse blog é apresentar receitas, dicas desde restaurantes até as carrocinhas de comidas populares, contar histórias de família com relação à comida e tudo que envolva essa alquimia que é a cozinha e a comida.

É um blog feito por um cara que ama cozinhar e principalmente comer, então entre nessa viagem de sabor, pesquisa, curiosidades, receitas e muito mais!